terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

os Movimentos Sociais no Brasil. (alguns pontos extraídos do autor Joziane Fialho)

Objetivo da aula: apresentar uma breve análise dos movimentos sociais, desde antigos movimentos sociais que integraram a sociedade brasileira até os novos movimentos atuais, atentando para os vários tipos de movimentos nos quais possuem um único objetivo, o de lutar pelos seus direitos e sua dignidade.

Os movimentos sociais Brasileiros, só tiveram reconhecimento em meados de 1960, quando surgiram os primeiros movimentos de luta contra a política vigente, ou seja, a população insatisfeita com as transformações ocorridas tanto no campo econômico e social. (LISBOA, 1988)

Os primeiros movimentos sociais surgiram no contexto de reestruturação da sociedade brasileira que passava por uma série de rupturas que abrangeu todos os setores desde o político até o social.

O processo de industrialização brasileiro, provocou várias mudanças na sociedade, criando uma série de expectativas na população, que estava em busca de um melhor padrão de vida. A industrialização provocou um êxodo rural, e muitas famílias saíram do campo em busca de emprego nos grandes centros, outros foram expulsos devido a modernização no campo. Estes fatos provocaram grandes problemas sociais. O crescimento desordenado das cidades, o aparecimento do trabalho assalariado e o desemprego, são alguns destes problemas.
Em consequência surgiram os primeiros movimentos, que até então só eram reconhecidos como movimento de classe, ou seja, da classe operária.
As lutas dos operários reivindicavam melhores condições de trabalho e melhores salários.
A partir da década de 1970, surge uma nova ideia de movimento social, que será totalmente inovador, colocando em questão uma nova compreensão sobre a vida política econômica e social do povo.
Não apenas a igreja contribui com os movimentos sociais, muitos são os órgãos que ajudam dando sua contribuição a favor desse movimento visando seus interesses.
[...] O que aproxima tais mediadores externos é o fato deles serem portadores de recursos humanos e materiais para os movimentos[...] (MEDEIROS, L. et al., 1994, P. 179).

Existem vários tipos de movimentos sociais no Brasil, mas os que mais tiveram repercussão foram os movimentos urbanos e o movimentos de luta pela terra.
Dentre os movimentos urbanos podemos destacar:
Movimento de bairros;
Movimento dos favelados;
Luta de inquilinos;
Movimento dos sem teto.
Esses movimentos começam e terminam rapidamente, o que os diferem das lutas do campo.

Os movimentos que lutam pela terra, sempre tiveram maiores repercussões. Esse problema tem suas raízes no período de colonização do Brasil, onde as terras foram mal distribuídas.
Ao estudarmos a questão agrária no Brasil, nos deparamos com questões completamente divergentes onde uns autores defendem o campesinato e outros não.
Outro fator que tem contribuído para a exploração dos camponeses assentados e com a quase extinção desta classe é o processo de modernização no campo, que tem substituído cada vez mais a força do trabalho familiar ao trabalho assalariado.
Os movimentos sociais em geral são lutas contra o capital, que aos poucos foi conquistando o espaço geográfico, e através de suas diversas formas de exploração chega ao ponto de excluir classes inteiras.
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No Brasil e em vários outros países da América Latina, no final da década de 70 e parte dos anos 80, ficaram famosos os movimentos sociais populares articulados por grupos de oposição ao então regime militar, especialmente pelos movimentos de base cristãos, sob a inspiração da Teologia da Libertação.
Ao final dos anos 80, e ao longo dos anos 90, o cenário sociopolítico se transformou radicalmente. Inicialmente teve-se um declínio das manifestações nas ruas, que conferiam visibilidade aos movimentos populares nas cidades.
Os m.s. perderam o principal inimigo: o regime militar
Em 1990, ocorreu o surgimento de outras formas de organização popular, mais institucionalizadas - como a constituição de Fóruns Nacionais de Luta pela Moradia, pela Reforma Urbana; Fórum Nacional de Participação Popular etc.
Em 1990, ocorreu o surgimento de outras formas de organização popular, mais institucionalizadas - como a constituição de Fóruns Nacionais de Luta pela Moradia, pela Reforma Urbana; Fórum Nacional de Participação Popular etc.
À medida que as políticas neoliberais avançaram foram surgindo outros movimentos sociais como: contra as reformas estatais, a Ação da Cidadania contra a Fome, movimentos de desempregados, ações de aposentados ou pensionistas do sistema previdenciário.
Grupos de mulheres foram organizados nos anos 90 em função de sua atuação na política, elas criaram redes de conscientização de seus direitos, e frentes de lutas contra as discriminações.
O movimento dos homossexuais também ganhou impulso e as ruas, organizando passeatas e atos de protestos.
O mesmo ocorreu com o movimento negro, que deixou de ser quase que predominantemente movimento de manifestações culturais para ser também movimento de construção de identidade e luta contra a discriminação racial.
Deve-se destacar ainda três outros movimentos sociais importantes no Brasil nos anos 90: dos indígenas, dos funcionários públicos – especialmente das áreas da educação e da saúde; e dos ecologistas.
Estes últimos proliferaram após a conferência ECO 92, dando origem a inúmeras ONGs- Organizações Não-Governamentais.

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